Imunizante deve ficar disponível na Itália entre 2 e 3 semanas – Foto: ANSA

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta segunda-feira (12) uma vacina bivalente da Pfizer/BionTech para combater as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron.

“O Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou a autorização de uma vacina bivalente adaptada visando as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron, além da cepa original do Sars-CoV-2”, diz a agência em nota.

A nova vacina adaptada da Comirnaty destina-se a pessoas com 12 anos de idade ou mais que tenham recebido ao menos um esquema de vacinação anti-Covid.

De acordo com a EMA, a medida “vai alargar ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis para proteger as pessoas contra a Covid-19 enquanto a pandemia continuar e forem esperadas novas ondas de infeções na época fria”.

O Comitê de Medicamentos da EMA avaliou todos os dados de vacinas Comirnaty adaptadas e “os estudos clínicos demonstraram que a adaptação da Ômicron 1 é mais eficaz em desencadear uma resposta imune contra a subvariante do que a vacina original, apresentando efeitos colaterais comparáveis”.

O parecer considera que “os dados de imunogenicidade (a capacidade da vacina de desencadear uma resposta imune) de estudos laboratoriais (não clínicos) forneceram evidências de apoio” de que oferece imunidade contra as cepas”.

No entanto, como todas as vacinas atualmente autorizadas contra o Covid, a vacina original da Comirnaty continua eficaz na prevenção de doenças graves, hospitalização e morte associadas ao vírus e continuará a ser usada em campanhas de vacinação na UE, em particular para vacinações, acrescentou o comunicado.

Itália

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, afirmou que, com a aprovação do imunizante bivalente, “temos mais uma ferramenta para vencer a Covid”.

“Temos de trabalhar neste sentido porque a Covid não desapareceu”, declarou ele em evento em Nápoles.

Já o diretor-geral da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), Nicola Magrini, disse que a nova vacina contra as variantes aprovada pela Ema “estará disponível em duas ou três semanas”.

“Foi aprovada com os mesmos critérios com base nos quais foi aprovada nos Estados Unidos, ou seja, apenas com dados em animais e o que significa que foi padronizada uma nova técnica de aprovação quanto à vacinação contra a gripe”, explicou Magrini.

Da AnsaFlash