Os abalos sísmicos não teriam relação entre si
Diversos terremotos aparentemente sem conexão entre si atingiram quatro regiões da Itália nesta quinta-feira (22), mas não provocaram danos nem deixaram feridos.
O primeiro abalo ocorreu às 12h25 (horário local), na província de Ascoli Piceno, centro do país, com magnitude 4.1 na escala Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
O tremor foi seguido de uma réplica de 3.6, ambos com epicentro a 24 quilômetros de profundidade, nos arredores da cidade de Folignano. Moradores saíram nas ruas para se proteger, porém não houve cenas de pânico, e a situação já foi normalizada.
Em agosto de 2016, um sismo de 6.0 sacudiu o centro da Itália e deixou 299 mortos, sendo cerca de 50 na província de Ascoli Piceno.
Gênova, Emilia e Sicília
Por volta de 15h40, um tremor de magnitude 4.1 foi sentido em Gênova e no restante da região da Ligúria, no noroeste da Itália.
O abalo sísmico teve epicentro a 10 quilômetros de profundidade e forçou a interrupção do tráfego na linha ferroviária entre Gênova e La Spezia, porém não há registro de danos graves.
“Mas a coisa mais importante é que, por sorte, não há notícias de feridos por enquanto”, disse o governador da Ligúria, Giovanni Toti.
Já às 17h50, um terremoto de 3.8 na escala Richter sacudiu a cordilheira dos Apeninos, na região da Emilia-Romagna, norte da península. O epicentro foi registrado a 14 quilômetros de profundidade e a 3,8 quilômetros da cidade de Pievepelago, na província de Modena.
Também houve uma réplica de 3.2, porém sem causar danos. A quarta região a registrar um abalo sísmico foi a Sicília, no sul, com um tremor de 3.6 nos arredores do Monte Etna, mas sem ligação com sua atividade vulcânica.
Em entrevista à ANSA, o sismólogo Carlo Meletti, do INGV, disse que não há “qualquer relação” entre os terremotos nesses quatro locais, embora eles tenham ocorrido no mesmo dia. “As distâncias entre os lugares onde ocorreram os tremores são de centenas de quilômetros”, declarou.
A Itália é um dos países com maior atividade sísmica no mundo e fica na junção das placas tectônicas africana e eurasiática, as quais se chocam constantemente.
Da AnsaFlash