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As montadoras estão investindo bilhões para desenvolver veículos definidos por software, equipados com sensores de última geração, sistemas de entretenimento sofisticados e assistentes de voz avançados.

No entanto, enfrentam agora a decisão de investir em módulos de conectividade 5G, uma tecnologia que promete mais velocidade e suporte a novos recursos.

Veículos dependem da rede celular para funções conectadas, como infotainment, navegação, diagnósticos e atualizações remotas de software. A mudança para o 5G traria velocidades de dados mais rápidas e protegeria as fabricantes contra a descontinuação da rede 4G, prevista para ocorrer em meados ou final da década de 2030, segundo especialistas.

Alex Oyler, diretor da SBD Automotive, destacou que a migração para o 5G pode ser crucial para funcionalidades como jogos na nuvem, que exigem transferência rápida de dados.

Atualmente, apenas 47 modelos nos EUA têm capacidade 5G, incluindo marcas como BMW, General Motors, Ford

, e Volvo. O custo de módulos 5G varia entre US$ 150 e US$ 210, cerca do dobro dos módulos 4G, cujo preço é entre US$ 75 e US$ 110.

Embora 4G ainda seja suficiente, algumas montadoras estão adotando uma abordagem de espera, optando por focar em veículos elétricos e tecnologia autônoma.

Mike Quinn, da Boston Consulting Group, observa que muitos veículos ainda utilizam exclusivamente 4G e seriam impactados quando essa rede for desativada. O risco é que, com o tempo, a necessidade de substituição de hardware pode representar um custo alto, especialmente em veículos ainda na garantia.

Os carros atuais têm se tornado cada vez mais dependentes da conectividade celular, essencial para recursos como streaming de vídeo e tecnologia veículo-para-tudo (V2X). O Wi-Fi, apesar de popular, tem limitações para uso móvel, reforçando a necessidade de uma rede celular.

A transição do 3G para o 4G em 2022 serve de exemplo. Embora tenha gerado preocupações, a indústria se adaptou com atualizações de software e substituições de hardware em alguns casos, como a GM, que colaborou com operadoras para manter serviços conectados, incluindo o OnStar.

No entanto, a promessa de um veículo definido por software é oferecer flexibilidade total e uma experiência integrada.

Isso significa que as soluções improvisadas para a transição do 4G para o 5G podem não ser viáveis a longo prazo. As empresas querem evitar obsolescência de hardware em massa, o que aumentaria significativamente os custos de substituição.

A decisão de adotar o 5G reflete a crescente dependência das montadoras de operadoras de rede. As implicações comerciais dessa parceria são grandes, disse Ben Ellencweig, da McKinsey & Co., e serão cruciais para o futuro dos serviços automotivos conectados.

[Fonte: AutoNews

]

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