A Great Wall Motor (GWM) está perto de iniciar, finalmente, sua produção de veículos no Brasil, o que deve acontecer, se não ocorrerem detalhes, em meados de 2025. Mas, a promessa da montadora chinesa é nacionalizar até 60% dos veículos.
Diferente da BYD, bem mais agressiva, a GWM atua no Brasil como uma montadora japonesa, sempre dando passos bem medidos e sem pressa. Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da empresa, por exemplo, é oriundo da Toyota.
Assim, a GWM quer expandir, como a japonesa, seu portfólio de forma bem medida e também ampliar a localização de peças e componentes, reduzindo assim a dependência de importações e ajustando mais rapidamente a produção à demanda.
Bastos afirmou ao site Auto Data: “Sem um grande porcentual de localização no Brasil, os custos serão muito altos. Custos de transporte, embalagem, entrega, tudo é custo. Nós temos 70% das peças produzidas em fornecedores próximos à fábrica e entendemos que a localização é a chave do sucesso”.
O executivo também se referiu a trazer fornecedores chineses: “Provavelmente não é um investimento tão pesado”. Em São Paulo, a ideia de nacionalização da GWM e fomentar um parque de autopeças da região de Iracemápolis num raio de 50 km.
Bastos disse: “Esse é o alvo: 60% é o alvo. Eu não tenho certeza se poderemos alcançar, para ser honesto, mas eu tenho que desafiar a equipe”. Em 2026, a GWM espera já estar produzindo carros híbridos flex no interior paulista e com boa parte do conteúdo nacional.
Obviamente, as partes que serão mais complicadas são motores a combustão e elétricos, assim como a bateria de lítio. Mesmo assim, nos próximos anos, a GWM deve encontrar um parque automotivo nacional mais favorável para nacionalização destes itens também.
Por ora, a GWM segue com os Haval H6 e H6 GT, assim como o ORA 03, preparando uma gama mais extensa de produtos para os próximos anos, além de expandir a rede para 130 lojas em 2025. A marca projeta de 28 mil a 30 mil carros em 2025.
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