chrysler 300 v8 hemi 1
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A saída de Carlos Tavares, tido como o mentor por trás do fim do V8 Hemi na Stellantis, não arrefeceu os ânimos de alguns americanos, que desejam que as marcas Chrysler, Jeep, Dodge e Ram voltem ao controle de administradores dos EUA.

Parte importante da Stellantis

, a divisão norte-americana originada da antiga Chrysler LLC está novamente no centro das atenções nos EUA por conta de um senador recém-eleito por lá, Bernie Moreno, eleito por Ohio.

Esse não é o primeiro movimento americano visando a separação de marcas da Stellantis oriundas da Chrysler. Recentemente, Frank Rhodes Jr., herdeiro do fundador da Chrysler, alegou o mesmo.

Mas, a Stellantis, mesmo que quisesse, poderia sobreviver sem as marcas americanas? Possivelmente, como grupo, não. O motivo nem estaria relacionado com a Chrysler em si ou muito menos com a Dodge.

Mesmo a Ram não teria tanto impacto numa Stellantis fora da “América”, porém, a Jeep sim. Das marcas americanas da Stellantis, esta última é a mais importante fora dos EUA, sem dúvidas.

Numa eventual separação, a divisão norte-americana impactaria a Stellantis por conta das operações que envolvem a Jeep na Europa e na América do Sul, sem contar a Índia.

Ainda que o mercado americano seja muito importante para a Stellantis, com as vendas de Ram e Jeep sendo as mais destacadas no grupo, uma separação afetaria enormemente as finanças do grupo.

Apesar dos esforços de Rhodes e Moreno, somente a Stellantis pode vender suas marcas americanas e, se decidir algum dia fazer, provavelmente não cederá a Jeep. Ela é parte importante do grupo no Brasil e na Europa, com enorme sinergia.

Isso sem contar a sempre lucrativa operação de picapes nos EUA, onde a Stellantis detém a Ram. Assim, sobrariam exatamente as marcas que Rhodes pleiteia estarem sob controle americano.

Chrysler e Dodge vêm juntas desde tempos imemoriais nos states e separadas da Stellantis, poderiam talvez sobreviver sob um grupo americano. Haveria logicamente um período de transição longa, como houve no caso de Opel e Vauxhall, passando de GM para PSA, por exemplo.

E o V8 Hemi? Movido por Moreno e Trump, poderia voltar à causa somente após o fim dessa transição, com uma nova plataforma Chrysler-Dodge que comportasse um novo V8, devidamente eletrificado para as duas marcas andarem com a concorrência. Daria certo este “resgate”? Só o tempo diria.

 

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