O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a rede social X (antigo Twitter) para levantar dúvidas sobre a possibilidade de juízes participarem de delações premiadas. O completo desconhecedor do que é o devido processo legal, Bolsonaro sugeriu que seus seguidores questionassem a Inteligência Artificial (IA) sobre esse tema, aparentemente em referência ao papel do ministro do STF, Alexandre de Moraes, na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Não aceitando sua inelegibilidade e acusação por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro questionou à IA se um juiz poderia participar das audiências durante a delação premiada. O extremista de direita aparentemente consultou apenas o ChatGPT, que tem um entendimento americanizado da legislação, desconhecendo a legislação brasileira.

O ChatGPT, por exemplo, explicou que o juiz não participa da negociação do acordo e que sua função é homologar o acordo depois de fechado.

O Deepseek e o Gemini reforçaram que o juiz não se envolve diretamente nas negociações, mas no Brasil pode presidir as audiências de depoimento, assegurando que os trâmites legais sejam seguidos.

Ex-presidente inelegível, Bolsonaro está reclamando indiretamente da delação de Mauro Cid, dada ao ministro Moraes, que tornou os vídeos da delação públicos em 19 de fevereiro. Na delação, Cid indica Bolsonaro como comandante da trama golpista.