Em 25 de março, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se o ex-mandatário inelegível Jair Bolsonaro e outros sete aliados golpistas serão formalmente acusados de tentativa de golpe de Estado no Brasil. A decisão será baseada na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, agendou três sessões para avaliar o caso: uma extraordinária às 9h30 de 25 de março, outra ordinária às 14h do mesmo dia, e uma segunda extraordinária no dia 26, às 9h30. O objetivo é que os ministros decidam se a denúncia é suficiente para transformar os acusados em réus.

Entre os denunciados estão Bolsonaro e ex-ministros de seu calamitoso governo, como Walter Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Também fazem parte do grupo o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e outros envolvidos que fecharam acordos de delação premiada.

A PGR descreve a conduta criminosa de cada denunciado, detalhando suas ações na trama golpista. Para agilizar a análise das provas, o ministro Alexandre de Moraes apresentou aos colegas um HD com todos os documentos do processo.

Os advogados dos acusados se reuniram com ministros da Primeira Turma para reforçar a defesa. A rapidez no andamento do processo tem gerado preocupações entre os defensores, pois a manifestação da PGR foi liberada rapidamente após sua entrega.

Nos bastidores, a expectativa é de que o julgamento de Bolsonaro aconteça até setembro de 2025, com grande possibilidade de que ele acabe preso por liderar a turba golpista. Bolsonaro tem reclamado da rapidez de seu julgamento, que cedo ou tarde o levará para a prisão.