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Companhia promete preservar floresta com dinheiro arrecadado;
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Lotes variam em tamanho de um quarto de hectare a 81 hectares;
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Donos dos NFTs não serão proprietários da terra em si.
Uma empresa brasileira chamada Nemus quer usar a febre dos NFTs para ajudar a preservar a floresta Amazônia. Entrando no mercado ambiental, a companhia está comercializando cards com ilustrações de espécies da flora e fauna brasileira, com a promessa de manter e conservar um terreno de 410 quilômetros quadrados no município de Pauini, no Amazonas.
Os lotes variam em tamanho de um quarto de hectare a 81 hectares. Os NFTs para os menores lotes são vendidos por US$ 150 (R$ 711) e os maiores por US$ 51 mil (R$ 242 mil). A empresa vendeu 10% de uma oferta inicial de tokens por 8.000 hectares no primeiro dia de suas operações, sexta-feira (25).
Os donos dos NFTs não serão proprietários da terra em si, mas teriam acesso a informações desde imagens de satélite e sobre o licenciamento e outras documentações, disse à Reuters o fundador da Nemus, Flavio de Meira Penna.
Segundo a companhia, a venda dos Non Fungible Tokens, ou tokens não fungíveis, serviriam como uma espécie de patrocínio exclusivo de áreas florestais de diferentes tamanhos. O dinheiro arrecadado seria usado para preservar árvores, regenerar áreas desmatadas e promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica.
A empresa espera levantar até US$ 5 milhões (R$ 23,7 milhões) para comprar uma área de 2 milhões de hectares de terra já em negociação no município de Pauini.
Entenda o mercado de NFTs
Um NFT é um ativo digital que existe em um blockchain, um registro de transações mantidas em computadores em rede. O blockchain serve como uma espécie de livro-razão público, como na contabilidade, permitindo que qualquer pessoa verifique a autenticidade do NFT e quem o possui.
Ao contrário da maioria dos itens digitais que podem ser reproduzidos infinitamente, cada um deles possui uma assinatura digital exclusiva, o que significa que é único.
Todos os tipos de objetos digitais – imagens, vídeos, música, texto e até tweets – podem ser comprados e vendidos como NFTs. A arte digital tem tido algumas das vendas de maiores cifras e visibilidade, enquanto nos esportes, os torcedores e fãs podem coletar e negociar itens relacionados a um jogador, liga ou equipe em especial.
Negociados desde cerca de 2017, os NFTs cresceram em popularidade no início de 2021 e tiveram outro salto explosivo por volta de agosto. Os volumes de vendas subiram para US$ 10,7 bilhões no terceiro trimestre de 2021, de acordo com dados do rastreador de mercado DappRadar. Isso aumentou mais de oito vezes em relação ao trimestre anterior.
