As tarifas de 25% do governo americano para carros importados, assim como para peças e componentes, têm tirado o sono dos fabricantes estrangeiros e alguns deles acreditam que, produzindo nos states, a coisa pode mudar.
Esse é o caso da Audi, que não tem fábricas nos EUA, mas no vizinho México. Todavia, em Chattanooga, no Tennessee, a Volkswagen tem um grande complexo industrial e espaço para carros das quatro argolas…
Oliver Blume, CEO da Volkswagen, disse numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine que “discussões construtivas” estão em andamento com o governo dos EUA sobre a produção nos Estados Unidos.
Blume disse que a empresa quer fazer “tudo o que for preciso para continuar sendo uma investidora e uma parceira confiável para os Estados Unidos”.
O executivo alemão enfatizou que “para a Audi, a produção nos EUA estaria alinhada com nossa estratégia de desenvolvimento”.
No entanto, Blume jogou um balde de água fria em quem esperava também por uma linha de produção de carros da Porsche nos states.
Ele revelou que 70.000 unidades por ano, o mercado anual da Porsche nos EUA, não compensa e que está longe de um volume adequado para a marca.
Já a Volkswagen está altamente exposta às medidas feitas pelo atual governo da Casa Branca, com grande volume de carros feitos em Puebla, no México.
Isso sem contar os importados da Europa, que reforçam na montadora alemã a preocupação com os custos adicionais de suas operações, incluindo a própria fábrica americana.
A questão é que o governo americano precisa criar condições para que as montadoras no país possam, pelo menos, com produção local, estar livres dos 25% com um mínimo de conteúdo local.
Hoje, 65% dos carros da VW vendidos nos EUA são importados, sendo a maioria do México, o que coloca a empresa numa situação nada boa diante do chefe do executivo americano.
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