Alimentação sobe 1,38% e Saúde, 1,45%; índice acumula alta de 2,69% no ano e 6,01% em 12 meses na capital
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande registrou alta de 0,60% no mês de abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE. A inflação acelerou em relação a março, quando havia sido de 0,42%, e ficou acima da média nacional, que foi de 0,43% no mesmo período. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,69% no ano e de 6,01% nos últimos 12 meses, superior aos 5,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Inflação acelera em Campo Grande e atinge 0,60% em abril, puxada por alimentos. O IPCA da capital sul-mato-grossense superou a média nacional (0,43%) e acumula alta de 2,69% no ano e 6,01% em 12 meses. Alimentos como batata, cebola e tomate registraram aumentos expressivos. A alta no grupo alimentação e bebidas (1,38%) foi a principal responsável pelo resultado, com impacto de 0,31 ponto percentual. Além dos hortifrutigranjeiros, café moído também contribuiu para a elevação. Saúde e cuidados pessoais subiram 1,45%, com destaque para farmacêuticos. Transportes foi o único grupo com deflação (-0,29%), influenciado pela queda no preço da gasolina.
O grupo alimentação e bebidas foi o principal responsável pela alta no mês, com aumento de 1,38% e impacto de 0,31 ponto percentual no índice geral. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, puxada pelas fortes altas da batata-inglesa (44,37%), da cebola (15,44%) e do tomate (14,92%). Também contribuíram os aumentos do café moído (9,40%). Por outro lado, repolho (-11,90%), ovo de galinha (-4,30%) e arroz (-2,13%) registraram queda de preços.
A alimentação fora do domicílio também teve alta significativa, de 1,49%, revertendo a queda de 0,09% em março. O lanche subiu 2,30%, enquanto a refeição aumentou 0,95% no mês.
Outro destaque de abril foi o grupo Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,45%. O aumento foi impulsionado pelos produtos farmacêuticos, que subiram 3,96% após autorização de reajuste de até 5,09% no preço dos medicamentos no final de março. Entre os medicamentos, destacam-se as altas de hipotensores e hipocolesterolêmicos (7,42%), anti-inflamatórios e antirreumáticos (6,10%) e psicotrópicos e anorexígenos (4,95%). O item higiene pessoal também subiu 0,98%.
O grupo artigos de residência registrou variação de 1,68%, com destaque para os aumentos no preço do ar-condicionado (3,04%) e do móvel para quarto (2,95%). No sentido oposto, houve quedas em itens como roupa de cama (-2,67%), tapete (-1,53%) e fogão (-1,61%).
Despesas pessoais tiveram aumento de 0,54%, influenciado principalmente pelo cigarro, que subiu 3,79%, e pelo serviço de manicure (1,53%).
O grupo habitação variou 0,15% em abril. A energia elétrica residencial, principal item do grupo, subiu 0,62% após estabilidade no mês anterior. Outros aumentos vieram de material hidráulico (2,62%) e sabão em barra (2,25%). Em contrapartida, o gás de botijão caiu 1,56% e o saco para lixo, 1,15%.
O grupo vestuário apresentou alta de 0,19%, puxada pelas joias (3,27%), blusas (2,78%) e calças compridas masculinas (2,20%). As quedas mais expressivas foram nos preços de vestidos (-2,86%) e camisas ou camisetas masculinas (-2,44%).
O único grupo com variação negativa foi transportes, que recuou 0,29% e teve impacto de -0,06 ponto percentual no índice geral. A queda foi influenciada principalmente pela gasolina (-0,87%), pelas passagens aéreas (-3,49%) e pelo seguro voluntário de automóvel (-3,07%). Por outro lado, houve aumento nas tarifas de ônibus intermunicipal (3,49%), óleo lubrificante (2,23%) e conserto de automóvel (1,75%).
Educação e comunicação registraram variações menores, de 0,01% e 0,26%, respectivamente. Em Educação, o aumento veio dos artigos de papelaria (0,42%), enquanto em comunicação o destaque foi a alta da TV por assinatura (2,64%).