Abradee estima reajuste de R$ 18,03 por MWh no Estado, segunda maior tarifa do levantamento
Mato Grosso do Sul deve registrar o segundo maior aumento nas tarifas de energia elétrica do País, segundo levantamento da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica). O reajuste estimado é de R$ 18,03 por MWh (megawatt-hora), reflexo dos vetos à lei que estabelece as diretrizes para a geração de energia eólica offshore.
Mato Grosso do Sul deve enfrentar o segundo maior aumento nas tarifas de energia elétrica do Brasil, com um reajuste estimado em R$ 18,03 por MWh, conforme levantamento da Abradee. O impacto total para os consumidores pode chegar a R$ 545 bilhões, refletindo um encarecimento de até 9% nas contas de luz. O estado do Pará será o mais afetado, com um aumento de R$ 19,45 por MWh, seguido por Alagoas. A lei sancionada em janeiro, que regula a energia eólica offshore, visa incentivar a indústria nacional, mas vetos a artigos que beneficiariam a geração de energia limpa podem onerar ainda mais os consumidores, especialmente os mais pobres.
A associação também calcula que o impacto para os consumidores será um custo adicional às tarifas de R$ 545 bilhões, o equivalente a 25 anos de bandeira vermelha 2, o patamar mais elevado das contas de luz, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo.
Pelo levantamento, as contas de luz devem encarecer em até 9%. O estado do Pará será o mais impactado, com o reajuste chegando a R$ 19,45 por MWh. Mato Grosso do Sul fica em segundo lugar, seguido por Alagoas, que será o terceiro estado mais afetado, com R$ 17,88.
Sancionada em janeiro deste ano, a lei que disciplina o aproveitamento do potencial energético offshore prevê incentivos ao desenvolvimento da indústria nacional, à geração de empregos e ao fortalecimento da segurança energética do país, integrando aspectos econômicos e ambientais.
Durante a tramitação no Congresso Nacional, foram incluídos artigos que favorecem termelétricas a carvão e gás natural. A Abradee calculou que os artigos vetados da lei teriam um impacto no orçamento das famílias, somando 0,35 pontos percentuais a cada mês no índice oficial de inflação.
“Esses jabutis criam subsídios que beneficiam grupos específicos, mas aumentam a conta de luz de toda a população brasileira e vão pesar especialmente no bolso da população mais pobre”, afirmou Marcos Madureira, presidente da Abradee, à Folha de S. Paulo.
Escala dos reajustes:
- Pará: R$ 19,45
- Mato Grosso do Sul: R$ 18,03
- Alagoas: R$ 17,88
- Rio de Janeiro: R$ 17,97
- Amazonas: R$ 17,77
- Mato Grosso: R$ 17,56
- Piauí: R$ 17,18
- Acre: R$ 17,16
- Tocantins: R$ 17,06
- Bahia: R$ 17,01
- Espirito Santo: R$ 14,18
- Minas Gerais: R$ 16,57
- Goiás: R$ 15,46
- Pernambuco: R$ 15,43
- Rio Grande do Norte: R$ 15,42
- Distrito Federal: R$ 15,41
- Ceará: R$ 14,97
- Amapá: R$ 14,96
- Maranhão: R$ 14,73
- Rondônia: R$ 14,70
- Rio Grande do Sul: R$ 14,57
- São Paulo: R$ 13,82
- Sergipe: R$ 13,80
- Roraima: R$ 13,69
- Paraná: R$ 13,06
- Santa Catarina: R$ 12,81
- Paraíba: R$ 12,19
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.