O dólar comercial subiu 0,83% e fechou esta quinta-feira (15) cotado a R$ 5,679, após uma onda de boatos sobre aumento de gastos do governo federal em 2026. A alta ocorreu no mercado financeiro brasileiro, em um dia marcado por tensão e instabilidade, provocada por rumores de que o valor mínimo do Bolsa Família poderia subir para R$ 700 no próximo ano, o que aumentaria a desconfiança sobre a política fiscal.
No mesmo dia, o Ibovespa subiu 0,66% e fechou aos 139.334 pontos, maior nível da história.
A bolsa brasileira teve desempenho positivo apesar da queda nas ações de petroleiras, impactadas pela redução de 2,47% no preço do petróleo tipo Brent, que fechou a US$ 64,61 o barril. A alta do Ibovespa foi sustentada por ações de mineradoras e empresas do setor educacional.
A moeda norte-americana chegou a R$ 5,61 pela manhã, mas passou a subir ao longo do dia. A maior cotação foi registrada por volta das 15h30, quando alcançou R$ 5,69. A valorização do dólar também refletiu o desempenho negativo de outras moedas da América Latina, afetadas pela queda no preço de commodities como o petróleo e o minério de ferro.
O receio de que o governo federal amplie os gastos provocou reações no mercado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou qualquer plano de aumento do Bolsa Família. Segundo ele, a equipe econômica deve apresentar “medidas pontuais” de ajuste fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. As declarações não foram suficientes para conter a alta da moeda.
No acumulado do mês, o dólar registra leve alta de 0,04%. No ano, ainda apresenta queda de 8,11%. A valorização desta quinta-feira interrompeu a tendência de baixa registrada desde o início de maio.
A desvalorização das commodities no mercado internacional também contribuiu para a pressão sobre moedas de países exportadores. A menor demanda da China por produtos agrícolas e minerais tem reduzido o fluxo de dólares para economias emergentes. O petróleo tipo Brent caiu 2,47% e foi negociado a US$ 64,61 o barril.
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