Morangos sobem até R$ 15 com fim da safra; caqui tem supersafra e queda de mais de 12% no preço

É hora de comer caqui e deixar o morango de lado, recomenda Ceasa
Caixa de caqui expostas no Ceasa (Foto: Divulgação)

Com alta de até R$ 15, os morangos estão saindo das receitas e dando lugar a novas frutas em confeitarias e restaurantes. Apesar de pouco usado em doces e sobremesas, o caqui, que está em supersafra, tem sido testado para entrar no cardápio.

O preço do morango registrou alta de 37,5% devido ao fim da safra no Sul do Brasil e início tímido da colheita em Minas Gerais, levando estabelecimentos a buscarem alternativas. O caqui, em supersafra, apresenta-se como opção mais econômica, com redução de 12,44% no preço da caixa. Outras frutas também apresentam variações significativas no mercado. Enquanto o mamão formosa, manga tommy e melancia registram aumentos, produtos como melão espanhol, laranja pera e banana nanica têm preços em queda devido ao excesso de oferta e baixa demanda.

Conforme o Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), o caqui, que antes era encontrado por R$ 45, agora é vendido a R$ 40, valor médio da caixa com 6 kg. A redução representada é de 12,44%.

Em contrapartida, o morango, queridinho das confeiteiras, registra aumento de 37,5% na caixa de 1,5 kg. A alta ocorre devido ao encerramento da safra no Sul do Brasil e ao início tímido da colheita em Minas Gerais.

A oferta limitada do morango tem feito Juliana Pazina, de 34 anos, repensar as frutas que oferece em seu cardápio. “Trabalho com morango há uns 12 anos, sempre tem altos e baixos, tanto no preço quanto na qualidade. Normalmente isso acontece no Dia das Mães, Dia dos Namorados, Natal, em épocas comemorativas. Mas está surreal o preço”, detalha.

É hora de comer caqui e deixar o morango de lado, recomenda Ceasa
Doces com morango começaram a serem reproduzidos com uvas na Delícias da Juh (Foto: Direto das Ruas)

O caqui já foi cogitado pela confeiteira, mas, por trabalhar com frutas in natura, ele acabou não entrando nas receitas por não ter dado um bom resultado. “90% dos produtos têm morango. Essa alta tem um impacto muito grande no comércio, pelo menos eu senti esse impacto grandão aqui [sic]”.

Nas Delícias da Juh, os doces de morango ganharam variações com uvas e manga. “Essa semana nós compramos o morango e pesamos, o que deu para usar da caixa foi 456 g. Uma caixa custa R$ 45 e eu paguei isso por meio quilo de morango. É isso que é o pior: além de estar caro, está feio”, acrescenta.

Outras altas — Além dos morangos, quem pretende comprar frutas mais baratas também deve evitar o mamão formosa. O frio desacelera sua maturação, e o preço chega a R$ 55 o quilo.

A manga tommy (R$ 80), o tomate longa vida (R$ 150) e a melancia (R$ 1,90 o quilo) também apresentam altas que variam de R$ 5 a R$ 10 em relação às semanas anteriores.

Baixas — Em contrapartida, o melão espanhol (R$ 55), a laranja pera (R$ 70), a banana nanica (R$ 80) e o mamão havaí (R$ 95) registram redução de preços de até R$ 5. A queda está associada ao excesso de frutas e à baixa demanda.

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