Cresce uso de protesto em cartório como forma de cobrar taxas de condomínio atrasadas
Por Kamila Alcântara | 02/06/2025 16:53
O número de protestos por falta de pagamento de condomínio disparou em Mato Grosso do Sul nos últimos anos. Em 2020, foram 85 registros. Já em 2024, esse número saltou para 254, o que representa uma alta de mais de 198% no período.
O número de protestos por falta de pagamento de condomínio em Mato Grosso do Sul aumentou significativamente, passando de 85 em 2020 para 254 em 2024, o que representa um crescimento de mais de 198%. Nos primeiros meses de 2025, já foram registradas 648 dívidas protestadas. A prática tem se tornado uma alternativa eficaz para síndicos e administradoras na cobrança de inadimplentes, permitindo a recuperação de R$ 68,4 mil de um total de R$ 1,3 milhão em dívidas protestadas em 2024. O presidente do IEPTB/MS, Daniel Fries, destaca a importância de encaminhar as dívidas rapidamente para evitar complicações.
E a tendência é de crescimento. Só nos três primeiros meses de 2025, já foram 648 dívidas de condomínios enviadas a protesto nos cartórios do Estado.
A ferramenta tem sido cada vez mais usada por síndicos e administradoras como uma alternativa rápida e eficiente para cobrar moradores inadimplentes. Do total de R$ 1,3 milhão em dívidas protestadas em 2024, R$ 68,4 mil já foram recuperados.
“O aumento dos protestos se deve à alta efetividade na recuperação do crédito. A orientação é encaminhar a dívida o quanto antes, evitando que o débito cresça e complique ainda mais a situação do condômino”, explica Daniel Fries, presidente do IEPTB/MS (Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil).
Diferente de outras cobranças, não é preciso autorização em assembleia para levar a dívida ao cartório. Basta que o síndico ou a administradora apresente a ata de eleição do síndico atual e um requerimento com os dados do devedor, como nome, CPF ou CNPJ e endereço.
O protesto é feito sempre no nome do proprietário do imóvel, independentemente de haver inquilino no local. É ele quem responde oficialmente pelo pagamento das taxas do condomínio.
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