Novas medidas vão atingir cerca de 22 milhões de pessoas
Após dois meses de fortes restrições que limitaram as atividades comerciais e bloquearam os moradores, as autoridades de Xangai anunciaram nesta terça-feira (31) a suspensão do lockdown para combater a Covid-19 a partir do próximo dia 1º de junho.
No final de março, a cidade de 25 milhões de habitantes e principal centro econômico da China foi bloqueada depois que uma variante da Ômicron se espalhou. A flexibilização será aplicada a cerca de 22 milhões de pessoas, segundo o vice-prefeito Zong Ming.
As autoridades locais já começaram a se mobilizar e retirar as barreiras físicas que foram instaladas na cidade.
Em entrevista coletiva, ele explicou que o transporte público, incluindo ônibus, rede de trânsito ferroviário e serviços de balsa, será retomado, enquanto que os carros particulares poderão circular normalmente, exceto nas áreas classificadas como de médio e alto risco.
As máscaras continuarão sendo obrigatórias e estabelecimentos, como supermercados, lojas, farmácias e shopping centers, só poderão receber 75% da capacidade. Além disso, todos aqueles que quiserem entrar em locais públicos e usarem o transporte público precisarão realizar exames de Covid-19 a cada 72 horas.
As mesmas regras também se aplicam a locais culturais e turísticos e estádios. Já em relação às escolas, Xangai retomará as aulas presenciais em etapas, dando prioridade aos alunos matriculados nos dois últimos anos do ensino médio e aos do terceiro ano.
De acordo com Zong, a cidade ainda está em uma fase crítica de prevenção e controle da epidemia e, portanto, precisa da compreensão, apoio e cooperação contínuos de todos.
O vice-prefeito pediu ainda para todos os moradores seguirem as medidas de prevenção e controle, mantendo o distanciamento social e se vacinando.
Desde o começo da pandemia, a China vem adotando uma postura linha dura para frear a disseminação do novo coronavírus, com lockdown em cidades inteiras e testagem em massa ao menor sinal de crescimento nos contágios. Recentemente, inclusive, essa estratégia provocou protestos em Xangai e críticas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Da AnsaFlash