Restos foram encontrados no monte Cusna, nos Apeninos
As autoridades italianas confirmaram que encontraram na manhã deste sábado (11) os restos do helicóptero que desapareceu na última quinta-feira (9) entre as regiões da Toscana e da Emilia-Romagna.
Os sete corpos foram localizados no local – cinco ainda dentro da aeronave e dois do lado de fora. Conforme as primeiras informações, todos estavam carbonizados.
Partes da fuselagem foram avistadas pelos helicópteros usados na operação a 1.922 metros de altura no monte Cusna na área dos Apeninos. O local é de acesso muito difícil e as equipes por terra da Aeronáutica Militar, Socorro Alpino, Guarda de Finanças, Corpo de Bombeiros e Carabinieri estão tentando chegar ao ponto de impacto.
Ainda conforme os socorristas, a localização foi possível por conta da quantidade de árvores queimadas e de restos metálicos vistos no leito de um pequeno rio que corta a área.
O helicóptero, um Augusta AW119 Koala, partiu do aeroporto de Capannori, em Lucca, às 9h30 da quinta-feira com o piloto e um grupo de seis passageiros – quatro turcos e dois libaneses. A rota previa a chegada em cerca de uma hora em Resana, na província de Treviso, onde eles iriam visitar a indústria de papel Roto Cart.
A empresa alugou o equipamento por três dias para levar possíveis compradores de uma feira de papel para a sede empresarial. Segundo a direção da Roto Cart, eram feitos dois voos por dia na mesma rota desde a terça-feira (7).
O último sinal do helicóptero, detectado por meio do celular de um dos que estavam na aeronave, foi dado às 11h50 da quinta e, pouco depois, as buscas coordenadas pelas prefeituras das duas cidades começaram a ser realizadas.
Nesta sexta-feira (10), foram confirmados os nomes das sete pessoas a bordo: o piloto italiano Corrado Levorin, 33 anos, e os empresários Kenar Serhat, Cez Arif, Ilker Ucak, Erbilaltug Bulent, Chadi Kreidy e Tarek El Tayak.
Vídeo de mau tempo
Segundo o jornal “Gazzetta di Modena”, os investigadores receberam um vídeo feito por um dos passageiros libaneses pouco antes do desaparecimento do grupo.
As imagens teriam sido enviadas para o filho dele e mostrariam as péssimas condições climáticas na hora do voo.
Moradores já haviam informado às autoridades que estava ocorrendo uma forte tempestade no momento do sumiço, com rajadas de vento intensas e muitos raios. Conforme as informações obtidas pela publicação, a gravação tem cerca de 20 segundos e foi anexada à investigação.
Além daquela feita pela Procuradoria, a Agência Nacional para Segurança dos Voos (ANSV) também abriu uma investigação neste sábado.
Da AnsaFlash