O presidente Jair Bolsonaro negou em entrevista concedida nesta sexta-feira à Rádio Metrópole, de Cuiabá, que o perdão concedido ao deputado federal (PTB-RJ) seja vontade de “peitar” o Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, o chefe do Executivo criticou o que chama de “excessos” da Corte.

“Não quero peitar o Supremo, dizer que sou mais importante, tenho mais coragem, longe disso. Eu duvido que no fundo, não vou dizer todos, a grande maioria dos ministros não entenda que houve um excesso na condenação de Silveira”, disse o presidente. “Não se discute que houve excesso por parte do STF. Um deputado, por mais que tenha falado coisas absurdas – ninguém discute isso, foram coisas absurdas – a pena não pode ser oito anos e nove meses em regime fechado, perda de mandato”, acrescentou.

Bolsonaro também saiu em defesa do ministro , indicado por ele ao STF, criticado por bolsonaristas por ter votado pela condenação de Silveira, um aliado do governo. “André Mendonça foi criticado, bastante criticado, mas aos poucos o pessoal vai entendendo o que realmente aconteceu naquela sessão. André Mendonça é pessoa de princípios, família, conservador. Está ao lado do e do povo”, declarou o presidente na entrevista.

O chefe do Executivo ainda negou que tenha orientado Mendonça a pedir vistas no julgamento de Daniel Silveira para atrasar a condenação no STF.