Bolsa de valores teve a maior queda diária em quase dois anos; veja os destaques do mercado

Cédula do dólar, moeda norte-americana utilizada para transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Cédula do dólar, moeda norte-americana utilizada para transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (28), atingindo novamente a maior cotação nominal da sua história, com o valor de R$ 5,98. A moeda americana superou pela primeira vez a marca de R$ 6 durante o pregão, chegando a atingir R$ 6,0029 na máxima do dia.

O aumento de 1,30% no fechamento reflete a desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo federal, que busca reduzir os gastos públicos nos próximos anos. Esse movimento do dólar ocorre após uma alta de 1,80% na véspera, quando a moeda fechou cotada a R$ 5,9124.

Apesar da pressão no mercado de câmbio, o Banco Central optou por não realizar leilões extras de moeda, prática que tem sido comum em anos recentes para tentar estabilizar a cotação. A decisão de não intervir no mercado de câmbio ocorre após o anúncio do pacote fiscal, que se propõe a cortar R$ 70 bilhões em dois anos, com o objetivo de controlar os gastos públicos e assegurar a continuidade do arcabouço fiscal em vigor desde 2023.

O pacote fiscal anunciado pelo governo inclui cortes significativos em áreas como o abono salarial, com um teto para o reajuste do salário mínimo e a redução de brechas que permitem o pagamento de supersalários no serviço público. Além disso, o governo propôs reformar a previdência dos militares e limitar a concessão de benefícios fiscais durante períodos de déficit nas contas públicas. Outra medida relevante é a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o que, segundo o governo, não terá impacto nas contas públicas.

Em paralelo à alta do dólar, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrou queda de 2,40%, fechando aos 124.610 pontos, após ter encerrado a véspera com perda de 1,73%. O mercado segue atento às reações econômicas diante das novas propostas fiscais e à expectativa sobre a sua execução nos próximos meses.

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