Dólar fecha a R$ 5,91 e tem maior queda semanal desde agosto
Cédulas de cem dólares; moeda norte-americana é adotada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar à vista encerrou esta sexta-feira (24) cotado a R$ 5,91, representando uma queda de 0,13% no dia e o menor valor desde 27 de novembro. Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 2,42%, maior recuo semanal desde agosto. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou com leve queda de 0,03%, aos 122.447 pontos, refletindo volatilidade ao longo do dia.

O mercado reagiu à desaceleração da prévia da inflação de janeiro no Brasil, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), que registrou alta de 0,11%. Embora o número seja o menor para o mês de janeiro desde a criação do Plano Real, o índice veio acima das expectativas de deflação projetadas por analistas, aumentando as chances de novas elevações da Selic (taxa básica de juros) pelo Banco Central.

No cenário internacional, a queda global do dólar foi impulsionada por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), sobre possíveis acordos comerciais com a China, após conversas com o presidente chinês Xi Jinping. A sinalização reduziu temores de um “tarifaço” global, trazendo alívio aos mercados.

A moeda norte-americana atingiu a mínima de R$ 5,86 durante a tarde, mas retomou parte das perdas com investidores aproveitando o preço mais baixo para compras. A volatilidade também se refletiu no mercado de ações, onde os juros futuros influenciaram negativamente o desempenho da bolsa.

A alta do IPCA-15 e a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), prevista para a próxima semana, seguem no radar dos investidores, enquanto no cenário internacional, as incertezas sobre medidas protecionistas de Trump continuam monitoradas.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.