Dólar recua para R$ 5,64 com expectativa de alta na Selic
Cédula do dólar, moeda usada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial caiu 0,68% nesta segunda-feira (28), vendido a R$ 5,64, após declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a inflação e diante da expectativa de avanços em negociações tarifárias entre Estados Unidos e China. A queda ocorreu no mercado financeiro, enquanto o índice Ibovespa subiu 0,2% e fechou aos 135.015 pontos, o maior patamar desde setembro de 2024.

A moeda norte-americana iniciou o dia estável, caiu para R$ 5,65 por volta das 11h, subiu para R$ 5,68 no início da tarde e recuou no fim das negociações. Com o resultado, o dólar acumula baixa de 1,02% em abril e de 8,6% no ano. Apenas nas últimas sete sessões, a moeda perdeu 4,11% de seu valor.

No mercado de ações, o Ibovespa teve a sexta alta consecutiva. A valorização foi puxada principalmente pelos papéis de bancos, construtoras e empresas de educação. Apesar da queda nas ações de petroleiras, influenciada pela baixa internacional do petróleo, o saldo geral do pregão foi positivo.

A recuperação do real frente ao dólar se deu, em parte, por fatores internos. A fala de Galípolo reforçou a expectativa de que o Banco Central possa elevar a taxa Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o que estimula a entrada de capital estrangeiro. O movimento foi diferente do registrado em outros países emergentes, como México e Chile, cujas moedas caíram diante do dólar.

No cenário externo, investidores reagiram às notícias sobre possíveis negociações tarifárias entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que entre 15 e 18 países estão em tratativas para reduzir tarifas, o que alimentou o otimismo. No entanto, as informações são divergentes. O governo da China negou qualquer contato recente com autoridades americanas, apesar de ter suspendido tarifas sobre alguns produtos dos EUA, conforme relatos de grupos empresariais.

Além das tensões comerciais, o mercado monitora indicadores econômicos. Nos Estados Unidos, dados de emprego e atividade referentes ao primeiro trimestre serão divulgados nesta semana, podendo influenciar o comportamento dos ativos. No Brasil, os investidores acompanham números das contas públicas e do mercado de trabalho, enquanto observam as projeções de inflação, que tiveram leve queda segundo o Boletim Focus.

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