A varejista justifica o encerramento das atividades como “movimentos naturais do varejo”

Enfrentando crise financeira, Casas Bahia fecha três lojas em MS
Comunicado fixado em porta de loja em Sidrolândia mostra que Casas Bahia fechou (Foto: Marcos Tomé/Região News)

O ano iniciou com três lojas da Casas Bahia fechadas em Mato Grosso do Sul, nos municípios de Sidrolândia, Maracaju e Rio Verde de Mato Grosso. O grupo enfrentava uma crise financeira no ano passado, tanto é que entrou com pedido de recuperação extrajudicial.

No início de 2025, a Casas Bahia fechou três lojas em Mato Grosso do Sul, localizadas em Sidrolândia, Maracaju e Rio Verde de Mato Grosso, justificando os encerramentos como “movimentos naturais do varejo”. A empresa, que passou por um pedido de recuperação extrajudicial em 2024 devido a uma dívida de R$ 4,1 bilhões, agora busca renegociar suas obrigações financeiras, com um cronograma de pagamentos que se estende por mais de seis anos. Os clientes das lojas fechadas continuarão a ser atendidos em outras filiais e canais digitais da marca.

Em nota enviada ao Campo Grande News, a empresa justifica o encerramento das atividades como “movimentos naturais do varejo”. A empresa também foi questionada sobre a quantidade de funcionários e se eles foram realocados ou demitidos, mas não houve resposta.

Sobre os clientes, “continuam sendo atendidos nas outras lojas da marca na região, bem como em seus canais digitais”, complementa a nota.

Em Sidrolândia, a loja foi inaugurada em 2018; em Rio Verde de Mato Grosso no ano de 2019; e em Maracaju, pelo menos, em 2020 já existia.

Enfrentando crise financeira, Casas Bahia fecha três lojas em MS
Publicação no Facebook, dia 6 de janeiro de 2025, mostra encerramento da filial de Maracaju (Foto: Reprodução/Facebook)

Em abril do ano passado, a Casas Bahia anunciou pedido de recuperação extrajudicial, envolvendo renegociação de dívida de R$ 4,1 bilhões. Em junho, a Justiça de São Paulo homologou, dando à varejista respaldo legal para negociar diretamente com os credores.

O acordo com os principais bancos parceiros do grupo, preserva R$ 4,3 bilhões de caixa até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão somente no ano passado.

O cronograma de pagamentos estabelecido no plano de recuperação, inclui a carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal, e prazo total de amortização de 78 meses, o que equivale a 6 anos e 5 meses, com remuneração de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) mais 1,0% a 1,5%.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.