Nesta edição, o questionamento sobre O que é ser de Esquerda e O que é ser de Direita é respondido pelo pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), ex-vereador e ex-secretário municipal de Meio Ambiente, Luciney Bampi.

A coluna Prosa & Política entrou em contato com todos os plausíveis pré-candidatos interessados em ocuparem o cargo de prefeito do município de Amambai, através dos votos dos cerca de 20 eleitores do Patrimônio. Com exceção da vereadora Janete Córdoba, todos os contatados responderam prontamente. Luciney encerra esta série.

Fica a lástima de a vereadora nem sequer ter explicado o motivo de sua recusa; fica também a dúvida se seu indeferimento tem a ver com esta coluna ou colunista, se sua opção é ficar em cima do muro, ou seja, não assumir nem uma nem outra posição ou se a postulante ao cargo de candidata a prefeita desconsidera a divulgação de suas ideias.

Veja o que pensa Luciney sobre a polarização política ideológica Esquerda e Direita

“No contexto político brasileiro, os partidos de esquerda geralmente defendem políticas sociais mais progressistas, como a ampliação dos programas de assistência social, maior intervenção do Estado na economia para reduzir desigualdades, e uma postura mais aberta em relação aos direitos das minorias. Eles também costumam ter uma visão mais crítica em relação às políticas neoliberais e ao capitalismo.

Por outro lado, os partidos de direita no Brasil tendem a apoiar políticas econômicas mais liberais, menos intervenção do Estado na economia, e uma abordagem mais conservadora em questões sociais e culturais. Eles costumam enfatizar a importância da iniciativa privada, da segurança pública e de valores tradicionais.

É importante lembrar que a política brasileira é dinâmica e os partidos podem evoluir ao longo do tempo, adotando novas posições e estratégias de acordo com as demandas da sociedade e as mudanças no cenário político.

A polarização política no Brasil tem gerado debates acalorados e muitas vezes prejudicado o diálogo entre pessoas com visões diferentes. É importante lembrar que, apesar das divergências, é possível ter conversas construtivas e respeitosas, buscando entender o ponto de vista do outro. Acredito que o diálogo é essencial para encontrarmos soluções para os desafios que enfrentamos como sociedade.”

Bastidores – PP e PMDB cada vez mais juntos

As prosas ocorridas entre lideranças dos partidos políticos Progressista (PP) e Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) têm fortalecido a coligação entre as duas siglas partidárias.

Informações coletadas pela coluna reforçam a junção dos dois grupos partidários, inclusive na definição das candidaturas aos cargos de prefeito e vice-prefeito. “PP e PMDB vão caminhar juntos, e já está fechado que o vice é de um e o prefeito é de outro, e vice versa”, afirma filiado do Progressista, que prefere não se identificar.

Bom lembrar que o PP tem como pré-candidata, Simone Marssaro, pelo menos até prova em contrário.

Ainda nos bastidores, a conversa é que o ex-prefeito e presidente do PMDB, Sergio Barbosa, foi indicado pelos emedebistas para concorrer ao cargo do poder executivo.

Nossa fonte do PP afirma ainda que o grupo está aberto para coligações com outros partidos mediante critérios internos para arco de aliança e chapa de vereadores.

Ressaltando que as pré-candidaturas aos cargos majoritários, prefeito e vice, serão indicados pelos dois partidos (PP e PMDB).

Veto ao PT

Questionado se no arco das alianças as participações dos partidos PSDB e PT estavam previstas, o Progressista foi categórico em afirmar que o Partido dos Trabalhadores (PT) está fora do arco de alianças e que a participação dos tucanos ainda não foi avaliada internamente pelas duas siglas.

PL 1 – flerte de aliança com União Brasil e Republicanos

O Partido Liberal (PL) tem dificuldade de manter linearidade e representatividade junto a sociedade amambaiense. Após a não reeleição da principal liderança do partido, Jair Bolsonaro, ao cargo de presidente da República, o diretório municipal não tem conseguido agregar lideranças de partidos que estiveram juntos no pleito nacional.

Agora, mais uma vez, a sigla troca a direção municipal indicando o empresário José Bambil para ser o presidente do partido no município. Bambil – candidato a prefeito de Amambai pelo Partido Social Liberal (PSL) em 2020 e presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) nos anos de 2022 e 2023 – afirma a possiblidade de coligação com os Partidos Republicanos e União Brasil.

PL 2 – Novo foi exceção nas alianças

A exceção de alianças do PL é o Partido Novo, que esteve por um período apoiando a pré-candidatura do médico veterinário Cleir Vieira Martins Junior (PL) – que desistiu de concorrer alegando motivos pessoais.

Com a desistência de Cleir, o partido Novo lançou o nome de Ricardo Renato como pré-candidato a prefeito de Amambai. Tá na fita o Novo? E o PL, sem candidato, em stand by.

Tá junto com golpista não é aconselhável

A prisão do presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e de membros do primeiro escalão do governo Bolsonaro, acusados de planejar Golpe de Estado, deve atrapalhar possíveis pré-candidaturas que estiverem aliadas a grupos contrários a decisão popular, referendada nas urnas pelo voto -processo de escolha garantido pelo regime democrático.

Pois é, cá nos meus botões, acho que pedir voto popular, de mãos dadas com grupos e partidos contrários ao processo eleitoral vigente não deva ser tarefa fácil. Vamos ver o comportamento da turma!

Por

José Luiz Nunes Moreira

DRT/RS 5759-21/100

Novo é de Direita e não de Extrema Direita