A transmissão CVT é muito importante no mundo automobilístico e também entre os veículos de duas rodas. Famosa nos carros da holandesa DAF, o sistema de variação contínua de velocidade garante uma relação infinita para o dispositivo.
Tanto nos carros quanto nas motos, o CVT garante aceleração linear, conforto e economia, usando para isso um conjunto de polias variáveis e correia, que pode ser de borracha (motos) ou aço (carros).
Em carros de marcas como Honda e Toyota, bem como marcas da Stellantis, por exemplo, o CVT cumpre grande papel, assim como em scooters, no mundo das motos.
Todavia, o engenheiro Edyson Pavilcu, pensou em como o CVT poderia oferecer mais torque ao evitar o deslizamento de correia, tornando a resposta mais imediata.
Assim, diferente do sistema usado pela Toyota em sua caixa CVT Direct Shift, onde a primeira marcha usa engrenagem e as demais, simuladas, correias e polias, o sistema de Pavilcu, batizado de RatioZero, usa somente engrenagens.
Ele criou um sistema planetário modificado com engrenagens individuais montadas em satélites, que permitem criar uma série de relações infinitas. Com uma quantidade de quatro conjuntos dotados de rodas livres, o RatioZeto muda a velocidade individualmente.
Quando um conjunto é usado, os demais ficam desligados e assim o movimento vai passando de um para o outro, mas não movendo a caixa inteira. Funcionando em sequência, este estranho CVT recria variações de marcha indefinidamente.
Por ora, já finalizado seu desenvolvimento, o RatioZero agora espera para ir à produção, porém, testes de campo ainda precisarão ser feitos, com duas patentes já registradas e a Yamaha já garantida como seu primeiro cliente.
A Yamaha T-Max será o primeiro veículo, no caso uma scooter, a usar o RatioZero, mas a aplicação da transmissão também serve em automóveis, bicicletas e aerogeradores. Quando a veremos em carros? Ainda não há previsão.
