Durante a sessão da Câmara dos Vereadores de Campo Grande nesta terça-feira (6.mai.25), o ex-prefeito e agora vereador Marquinhos Trad (PDT) fez um pronunciamento sobre a crise na saúde pública do município.

Em sua fala, o parlamentar expressou preocupação com o aumento dos casos de síndrome respiratória e com a situação crítica das unidades de saúde da cidade, especialmente com o número elevado de pessoas aguardando leitos de UTI.

Marquinhos iniciou destacando a publicação do decreto de emergência, assinado pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), em 26 de abril, que visava tomar medidas eficazes para conter a crise na saúde. O vereador, no entanto, questionou a efetividade dessas ações até o momento, considerando o agravamento da situação. “O que me preocupa são inúmeras mensagens de WhatsApp que tenho recebido, e acredito que os vereadores também têm recebido, solicitando apoio na área médica. A população está aflita”, apontou.

O parlamentar mencionou matérias jornalísticas sobre a negligência nas unidades de pronto atendimento (UPAs), e sobre o caos na saúde, que apontam 260 pessoas aguardando leitos de UTI na cidade. “Se o decreto de emergência foi em 26 de abril e já estamos no mês de maio, quais medidas concretas foram tomadas até agora?”, questionou o pedetista. 

O vereador também expressou sua preocupação com a comunicação da prefeitura, mencionando que no site oficial da gestão municipal foi anunciada a vacinação de 8 mil pessoas nos últimos dez dias, em um universo de quase 1 milhão de habitantes. No entanto, para Marquinhos Trad, essa informação não é suficiente diante da gravidade da situação enfrentada pelas unidades de saúde. “Não precisa ter diploma para perceber que estamos em um momento crítico. A matéria de ontem falava de 260 pessoas aguardando um leito, e as mensagens de ajuda não param de chegar. Onde estão as ações concretas para resolver esse problema?”, questionou.

Em seu pronunciamento, o vereador também fez um apelo por maior transparência e por ações mais efetivas por parte do poder público. “Eu já fui convidado para dois velórios de crianças que morreram de bronquiolite e pneumonia. Isso é um reflexo direto da falta de atendimento médico e de estrutura na saúde pública”, disse, emocionado.

Ao final de seu discurso, Marquinhos Trad pediu uma resposta clara da prefeitura sobre as medidas tomadas desde a declaração do estado de emergência e cobrou ações imediatas para minimizar o sofrimento da população de Campo Grande. “Gostaria de saber, senhor presidente, quais são as medidas que foram tomadas desde o dia 26 de abril para aliviar esse sufoco que estamos vivendo”, concluiu. Assita: