O ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra (PSDB), foi preso nesta 5ª feira (05.jun.25) durante a quarta fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Também foram presos o assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia.

A ação, conduzida pela 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), cumpre três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. As investigações apontam que os três presos fazem parte de uma organização criminosa que fraudava licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia, especialmente no setor de obras e pavimentação asfáltica.

De acordo com o MPMS, o grupo continuou operando mesmo após fases anteriores da operação e medidas cautelares impostas à época. Claudinho Serra, que já havia ocupado cargo de secretário durante a gestão da ex-prefeita Vanda Camilo — sua sogra —, é apontado como liderança da estrutura criminosa.

O esquema investigado teria movimentado aproximadamente R$ 20 milhões em contratos públicos, dos quais uma parte significativa teria sido desviada por meio de propinas, lavagem de dinheiro e superfaturamento de serviços.

Durante as diligências, os agentes do Gaeco estiveram em Campo Grande, na residência de Claudinho Serra, localizada no bairro Jardim dos Estados. Viaturas descaracterizadas entraram e saíram do prédio com malotes, enquanto buscas simultâneas também ocorriam em imóveis e endereços comerciais ligados aos investigados em Sidrolândia.

Os investigadores também apuraram que a organização utilizava empresas de fachada e contratos fictícios para dissimular a origem dos recursos desviados. O empreiteiro Cleiton Nonato Correia estaria diretamente envolvido na execução das obras fraudulentas, enquanto Carmo Name Júnior atuava como operador político e intermediador de interesses junto ao poder público.

O MPMS informou que os contratos sob suspeita estão sendo revisados e que novas denúncias devem ser protocoladas nas próximas semanas.