O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, não descarta a suspensão da cobrança do pedágio na BR-163 como alternativa, enquanto a CCR Vias, empresa detentora da concessão na rodovia , não antecipar o cronograma de duplicação da rodovia federal que atravessa o Estado de Norte a Sul.
Ao se manifestar nesta segunda-feira durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, Gerson considerou ” insatisfatório” o planejamento prévio apresentado pela empresa de duplicar 68 km nos próximos dois anos, incluindo 5,71 km em Mundo Novo, 10,97 km em Eldorado, 5,95 km em Itaquiraí, 3,43 km na Vila São Pedro (próxima a Dourados) e 2,75 km na Vila Vargas (também próxima a Dourados).
“Não podemos esperar mais 30 anos por essas obras, assistindo diariamente vidas sendo sacrificadas nesta rodovia que corta o estado de Norte a Sul, entre Sonora e Mundo Novo, passando por 21 cidades “, comentou Gerson .
Em 9 anos, abrangendo o período de 2014 a 2023 (último dado disponível no portal da transparência), a concessionária recebeu aporte financeiro de R$ 3,9 bilhões, investiu R$ 1,9 milhões e faturou com a cobrança de pedágio R$ 3,6 bilhões.
“Temos trechos críticos na área urbana de Campo Grande, onde a população se arrisca diariamente no anel viário. A mesma situação se repete em São Gabriel do Oeste , Rio Verde e Coxim. É urgente duplicar de Campo Grande a Dourados , por exemplo . Com apoio do governador, da bancada federal, vamos levar este clamor da população a agência de regulação , que é a ANTT, para ser contemplado no novo contrato de concessão”, comenta o presidente da ALEMS .
A Assembleia Legislativa, com as audiências públicas que está promovendo em diferentes regiões de Mato Grosso do Sul, está coletando subsídios para cobrar a ANTT (Agência Nacional do Transporte Terrestre) em nome da população de Mato Grosso do Sul, a antecipação do cronograma de duplicação,abertura de terceira pista na BR-163 que a CCR MSVia terá de cumprir com a repactuação da concessão prevista para maio.
Após 11 anos sob administração privada a BR-163 só teve 150 dos seus 843 quilômetros duplicados. A Assembleia, segundo Gerson , não contesta a opção da ANTT de repactuar o contrato com a CCR MSVia, porque esta alternativa é a mais rápida para a rodovia receber os investimentos necessários que garantam um tráfego mais seguro . ” A sociedade até aceita pagar o pedágio,mas cobra soluções de engenharia capazes as estatísticas de acidentes”, comenta o presidente da Assembleia