Ucrânia e Rússia denunciam risco de ataques à central nuclear de Zaporizhzhia
O governo italiano ofereceu ajuda à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) para manter a segurança na central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, hoje controlada por forças russas.
Pelo Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que fez uma ligação com o diretor da Aiea, Rafael Grossi, antes da reunião da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que começa nesta terça-feira (11), na Lituânia.
“Fui atualizado sobre os riscos nucleares na Ucrânia e afirmei que [a Aiea] pode contar com o apoio do governo italiano para a segurança de Zaporizhzhia”, relatou o ministro.
Internamente, o país também se prepara para um eventual incidente nuclear na usina – o chefe da Defesa Civil da Itália, Fabrizio Curcio, disse que já existe um plano de emergência para caso isso aconteça.
“Os instrumentos que possuímos hoje são muito mais evoluídos que os de 1986. Temos estruturas dedicadas, uma rede nacional e internacional com a Aiea e organização”, disse Curcio ao jornal Il Sole 24 Ore, em referência ao acidente nuclear de Chernobyl, também na Ucrânia, quando a dispersão da radiação chegou até a Itália.
“[No caso de Zaporizhzhia] A Itália não precisaria de medidas diretas de proteção à população.
Essencialmente, precisaríamos de cuidado nos setores alimentar, agrícola e zootécnico. A distância nos ajuda”, afirmou.
Desde a semana passada, Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre a iminência de um ataque à central nuclear.
O governo do presidente Volodymyr Zelensky afirma que os russos colocaram explosivos na planta, enquanto o regime de Vladimir Putin acusa os ucranianos de sabotagem.
Da AnsaFlash