A tributação imposta pela União Europeia sobre veículos elétricos chineses, em vigor desde o ano passado, acabou afetando mais as próprias montadoras europeias do que as empresas chinesas.
Enquanto os fabricantes do bloco econômico enfrentam dificuldades para vender carros elétricos montados na China, as marcas chinesas já encontraram alternativas, sendo uma delas na Áustria.
A mais recente delas vem da Áustria: a partir de junho, a fábrica da Magna Steyr, em Graz, iniciará a montagem de veículos das chinesas GAC e Xpeng, segundo o jornal austríaco Kleine Zeitung.
A GAC anunciou em outubro passado sua intenção de trazer a submarca Aion para a Europa, com uma sede na Holanda e um estúdio de design em Milão.
Para a Xpeng, que entrou no mercado europeu em 2021, produzir em Graz é uma forma de reduzir custos e facilitar a expansão no continente.
No caso da GAC, que já está estabelecendo concessionários no Brasil, o crossover Aion V deve se juntar ao Aion Y na linha de montagem austríaca.
A Magna Steyr, com capacidade anual para 200.000 veículos, vem operando com menos da metade desse volume, sendo que a previsão para 2024 era de somente 71.900 unidades.
Recentemente, a Magna Steyr perdeu dois modelos elétricos, sendo eles o Fisker Ocean, após a falência da empresa, e o Jaguar I-Pace, descontinuado com a reformulação da marca britânica.
Há muitos anos, a Magna Steyr vem produzindo veículos em Graz, especialmente modelos de baixo volume e alto valor agregado para fabricantes como MINI, BMW e Mercedes-Benz, por exemplo.
Atualmente, o Mercedes-Benz Classe G, em todas as suas versões, além do Toyota GR Supra e do BMW Z4, cujo contrato de fabricação termina em 2026, são produzidos na Áustria.
Embora a produção do Classe G esteja garantida até 2029, sua demanda não é suficiente para ocupar toda a capacidade da fábrica austríaca.