O Projeto de Lei nº 11.636/2025 , de autoria do vereador Landmark Rios (PT), que institui a obrigatoriedade de ar-condicionado nos novos ônibus do transporte coletivo de Campo Grande, entrou em pauta para votação em regime de urgência na sessão desta 5ª feira (29.maio.25) na Câmara Municipal. No entanto, a proposta não foi votada devido a um pedido de vistas apresentado pelo vereador Beto Avelar (PP), integrante da base da prefeita Adriane Lopes.

Em respeito ao regimento interno e às prerrogativas parlamentares, Landmark adotou um tom pacífico e compreensivo diante do adiamento, reforçando a importância de aprofundar o debate jurídico em torno da proposta.

“Jamais nossa bancada e o nosso mandato seriamos intransigentes. Respeitamos o pedido de vistas, porque sabemos que é necessário encontrar os caminhos jurídicos corretos para que esse projeto avance com segurança. O que não podemos é deixar de buscar soluções para melhorar a vida de quem anda de ônibus nessa cidade”, destacou o parlamentar durante sua fala em plenário.

A proposta do “Ar no Busão” tem mobilizado a população e reunido apoio de parlamentares de diferentes espectros ideológicos — incluindo vereadores do PT e do PL — em um raro consenso pela dignidade dos usuários do transporte público.

Landmark explicou que a expectativa criada em torno do projeto é legítima, e que o pedido de vistas será uma oportunidade para ajustes técnicos e jurídicos que garantam a viabilidade da medida.

“Essa Casa de Leis, com seus 29 vereadores, tem sensibilidade. Sabemos da importância desse projeto para a população. Vamos usar esse tempo para aperfeiçoar a proposta e garantir que ela seja aprovada com segurança jurídica”, completou.

Mesmo com o adiamento da votação, Landmark reforçou que seu mandato continuará buscando alternativas para garantir mais conforto e respeito a quem utiliza o transporte coletivo.

“Se for preciso apresentar novamente, ajustaremos. Se for preciso cobrar do Executivo, fiscalizaremos. O que não dá é pra continuar com trabalhador espremido, pagando caro, suando dentro do ônibus. Campo Grande merece mais!”

O vereador também afirmou que seguirá em diálogo com as bancadas e com a sociedade civil para que o projeto retorne à pauta com força e apoio necessários.