Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas mostra que o eleitorado está pressionado pela alta dos alimentos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vê itens como picanha e cerveja mais distantes da lista de compras.
Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas revela que a alta dos alimentos está pressionando o eleitorado durante o governo do presidente Lula. Apenas 18,9% dos entrevistados sentiram melhora financeira, enquanto 36,8% relatam piora. A maioria (73,7%) percebeu aumento nos preços desde o retorno de Lula ao poder. A pesquisa também aponta que 68,4% dos entrevistados não acreditam que a situação econômica permitirá a compra de picanha e cerveja com mais facilidade até o fim do governo. O levantamento entrevistou 2.020 eleitores em todo o Brasil, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Conforme a pesquisa, apenas 18,9% sentiram melhora na situação financeira. Para 42,7%, o quadro permanece igual. Outros 36,8% relatam que piorou. Enquanto que 1,6% não opinou.
Para 73,7%, os preços dos produtos aumentaram depois que o presidente Lula voltou a governar o Brasil. Outros 16,9% afirmam que os valores ficavam como estavam. Para 7,1%, os preços diminuíram. Enquanto 2,3% não sabem ou não opinaram.
A pesquisa também questionou se as pessoas acham que, até fim do governo Lula, a situação econômica vai permitir que a maioria compre picanha e cerveja com mais facilidade.
O resultado é que 68,4% acreditam que não. Outros 25,7% opinam que sim. Dos participantes, 5,9% não souberam responder.
A picanha foi usada na campanha eleitoral do petista. “O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, afirmou o então candidato, em 2022, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.
O Instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.020 eleitores nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, em 160 municípios. O levantamento foi realizado entre os dias 16 e 19 de abril. O grau de confiança é de 95%, com margem estimada de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Cenário – A inflação dos alimentos resulta de fatores como questões climáticas, câmbio, tarifa e a preferência para exportação. O clima influenciou os preços de vários produtos agrícolas. A seca teve impacto em itens como azeite, cacau e soja. Enquanto que a enchente fez com que a produção de arroz fosse fortemente afetada, causando redução da oferta e aumento de preços.
Já a alta do dólar, registrada entre fim de 2024 e início de 2025, provocou um duplo efeito: aumento das exportações de produtos brasileiros (carne e grãos) e aumento do custo da produção nacional (fertilizantes, defensivos e semente).
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