Estado se consolida como o oitavo maior produtor e está entre os cinco principais exportadores
O Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 18,77% na produção de peixes em 2024, alcançando 40,5 mil toneladas, conforme a nova edição do Anuário Brasileiro da Piscicultura, divulgada na última semana. O Estado também se destacou como um dos cinco maiores exportadores do país.
O Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 18,77% na produção de peixes em 2024, totalizando 40,5 mil toneladas, com a tilápia representando a maior parte. O estado se destacou como um dos cinco maiores exportadores do Brasil, especialmente para os EUA e Canadá. Selvíria lidera a produção estadual. Apesar do crescimento, há preocupação com a queda na produção de peixes nativos, como pacu e pintado, o que pode afetar a competitividade. A inovação e tecnologia têm impulsionado o setor, com destaque para a instalação da primeira fábrica de tilápia enlatada do país em Itaporã.
Do total produzido, 38,4 mil toneladas foram de tilápia, enquanto as espécies nativas responderam por 2 mil toneladas e outros tipos, como carpa, truta e panga, somaram 100 toneladas.
No ranking estadual, Selvíria lidera a produção, seguida por Itaporã e Aparecida do Taboado. Nos últimos anos, o Mato Grosso do Sul saltou 15 posições no ranking nacional de produtores de tilápia, consolidando-se como referência no setor. A espécie, especialmente na forma de filés frescos e congelados, tem ganhado espaço em mercados como Estados Unidos e Canadá.
Apesar dos bons resultados, pesquisadores do anuário alertam para a queda na produção de peixes nativos, como pacu e pintado. Segundo o levantamento, a falta de diversidade pode impactar a competitividade do setor no Estado.
“A piscicultura de Mato Grosso do Sul ainda enfrenta desafios. Um dos principais obstáculos é a queda na produção de peixes nativos. Se não for tratada com atenção, essa redução pode comprometer a diversidade da produção e a competitividade do setor”, aponta o estudo.
Exportação e inovação no setor – O Estado também se mantém entre os cinco maiores exportadores de tilápia do Brasil, ao lado de São Paulo, Bahia e Goiás. No modelo FOB (Free On Board), as exportações somaram US$ 110,8 mil em 2024.
Para o professor doutor Omar Sabbag, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), o avanço da piscicultura sul-mato-grossense está ligado ao uso de tecnologia e à especialização na produção.
“Elementos que impulsionam a cadeia produtiva, promovem avanços e aumentam a competitividade tornam o setor mais eficiente e inovador”, avalia.
Primeira indústria de tilápia enlatada do país – Em outubro passado, a Frescomares, indústria de pescado, anunciou a instalação da primeira fábrica de tilápia enlatada do Brasil, em Itaporã. A aposta no novo formato de comercialização é vista como uma estratégia para diversificar a produção e agregar valor ao produto.
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