A partir de 1 de junho, a VW reduzirá a carga de trabalho em São José dos Pinhais, colocando de 600 a 700 empregados em regime de layoff por um período de dois a cinco meses.
Isso cortará enormemente a produção do T-Cross, que luta para se manter no Top 10 do mercado, enquanto a falta de componentes para sua produção já não é mais o motivo principal.
Com 2 mil funcionários no momento, a fábrica do Paraná produz 500 carros por dia, incluindo o Audi Q3, montado em SKD com peças importadas da Europa.
A informação veio do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, por meio de Daniel de Camargo, diretor e representante da entidade na Volkswagen.
Camargo comentou: “As paradas anteriores ainda eram ocasionadas pela falta de componentes mas, agora, o que está pesando é a procura pelos veículos, por causa dos juros elevados e do crédito raro”.
Com o mercado em crise, as vendas de várias marcas caíram e os pátios ficaram cheios, fazendo com que algumas montadoras fizessem promoções para atrair os compradores para as redes.
Todavia, o mar não está para peixe, pois, os cardumes de clientes foram espantados pelos altos juros e pela falta de concessão ao crédito devido a inadimplência alta.
Sem um dos turnos, restando apenas dois, a produção da VW no Paraná cairá de 500 para 300 carros por dia, reduzindo a perspectiva de produção de 100 mil carros em 2023 para algo entre 84 mil e 90 mil.
Daniel Camargo comentou: “Esperávamos aumento de produção e de contratação. Mas não foi o que aconteceu. Ao contrário. Imagine o impacto na cadeia produtiva durante os quatro meses de layoff, o que está previsto inicialmente, diante da diminuição no volume de produção.”
Ele também revelou que um PDV foi aberto e até agora houve 67 adesões entre os trabalhadores.
Já na vizinha Renault, um layoff também não está descartado pelo sindicato, por queda nas vendas, sendo que a francesa emprega 5,1 mil pessoas, sendo 4,2 mil no chão de fábrica.
[Fonte: Auto Data]
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