O bilionário Elon Musk, que integra o governo de Donald Trump, fez um gesto durante um comício em apoio ao presidente americano, que tomou posse no dia 20 de janeiro de 2025. Durante o evento, realizado na Capital One Arena, Musk estendeu o braço direito com a palma voltada para baixo, um movimento associado à saudação nazista, amplamente utilizada pelos membros do partido de Adolf Hitler na Alemanha.

Esse gesto gerou reações imediatas, com alguns especialistas e historiadores, como a historiadora Claire Aubin e a especialista em fascismo Ruth Ben-Ghiat, apontando que a ação foi uma clara referência ao “sieg heil”, o famoso gesto de saudação usado por nazistas. Para Ben-Ghiat, o gesto foi “muito agressivo”. A imprensa internacional, incluindo veículos como Haaretz e The Guardian, também notou semelhanças com uma saudação fascista.

Após o ato, Musk agradeceu ao público por permitir o retorno de Trump à Casa Branca e fez o gesto repetidamente. A revista Wired mencionou que algumas figuras de extrema direita nos Estados Unidos consideraram o gesto “incrível”. Nos últimos tempos, Musk tem se mostrado cada vez mais alinhado com políticos de extrema-direita, como a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o partido AfD da Alemanha, o que aumentou as especulações sobre suas inclinações políticas.

Amy Spitalnick, líder da organização judaica JCPA, afirmou que o gesto de Musk demonstrou claramente seu apoio a políticas de extrema direita. No entanto, o historiador Aaron Astor ofereceu uma interpretação diferente, sugerindo que o gesto foi um ato socialmente desajeitado, atribuindo-o a um comportamento típico de um homem autista que tentava expressar apoio à multidão, e não necessariamente uma saudação nazista.