Jair Bolsonaro (PL) está passando por um período de grande desespero. O ex-mandatário inelegível tem se dedicado a uma série de entrevistas para veículos de imprensa dos EUA.
Sua intenção é chamar a atenção de Donald Trump para sua situação política e jurídica, que ele considera “dramática”, já que está vendo seus aliados criminosos sendo presos ou cassados, como o caso da ex-deputada cassada hoje (30.jan), Carla Zambelli (PL-SP).
Após conversar com o The New York Times e o The Wall Street Journal, Bolsonaro também deu uma entrevista exclusiva à Bloomberg.
Na entrevista, ele alegou que é um “perseguido político”, mesmo diante dos vários crimes que cometeu enquanto governou o Brasil, de 2019 a 2022, sendo o único presidente da história a não se reeleger e, de quebra, ao lado de Fernando Henrique Cardoso, se tornando o segundo presidente a se tornar inelegível pelos crimes cometidos contra a nação, inclusive o planejamento de golpe de Estado (leia abaixo).
Além disso, Bolsonaro apelou pelo socorro de Trump para “voltar ao cenário político”.
O extremista de direita disse que teme ser preso e mencionou que “sabe” que a prisão pode ocorrer em breve.
Ele afirmou se preocupar com a possibilidade de ser acordado pela Polícia Federal às 6h para ser preso.
O ex-presidente comparou sua situação à de Trump, mencionando o atentado que sofreu e o ataque ao Capitólio, em 2021.
Ele ainda fez referência ao ataque aos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, para reforçar as semelhanças entre sua história e a do ex-presidente dos EUA.
INELEGÍVEL ATÉ 2030
Jair Bolsonaro (PL), foi condenado na 6ª feira (30.jun.23) por crimes cometidos no cargo de presidente do Brasil. Ele é o 2º mandatário da história a ser condenado no país.
Eis o resultado da votação:
Veja a íntegra dos votos:
Com a decisão, Bolsonaro fica inelegível por 8 anos contados a partir do pleito de 2022. O ex-presidente perderá as duas próximas disputas eleitorais: 2026 e 2028.
Como mostramos no aqui no MS Notícias, com a condenação, Bolsonaro subiu ao pódio ao lado do seu aliado Fernando Collor de Mello, acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello, em um esquema envolvendo o seu ex-tesoureiro Paulo César Farias. PC Farias, como era chamado, seria a chave do esquema de corrupção divulgado em 1992.