Com o corte no ICMS dos combustíveis, a gasolina baixou e o etanol acompanhou a baixa, porém, o diesel continua em alta nos preços ao consumidor e está praticamente R$ 2,00 mais caro que o famoso derivado do petróleo.
Assim, para conter os preços elevados do diesel, o governo deverá importar da Rússia, “diesel mais barato”, caso a cotação continue abaixo de US$ 100.
O presidente Jair Bolsonaro declarou: “Estamos solucionando o problema. Zerei os impostos federais, os governadores, por força de lei, reduziram também o ICMS, na minha ida à Rússia, acertei fertilizantes para o agronegócio e, agora, está quase certo um acordo para comprarmos diesel bem mais barato da Rússia, onde a Petrobras e alguns já compraram mais caro”.
Com 30% da demanda nacional de diesel importada, o Brasil sofre com os reflexos do mercado internacional, especialmente da Guerra da Ucrânia, assim como variação cambial, temor de uma recessão global, entre outros.
Há algum tempo, o governo brasileiro vinha conversando com o governo russo sobre a possibilidade de importação de diesel para atender a demanda local, reduzindo assim os preços do óleo combustível.
Isso também explica a posição de neutralidade do Brasil no caso do conflito atual na Ucrânia, invadida pelas forças russas em 24 de fevereiro de 2022.
Com isso, se espera que o preço médio caia no mercado de combustíveis e satisfaça o segmento dos caminhoneiros, que são os mais afetados com o alta expressiva no óleo combustível.
Segundo o chanceler brasileiro, Carlos França, o Brasil quer importar da Rússia o diesel mais barato quanto antes.
Ele disse: “Precisamos garantir que haverá diesel suficiente para o agronegócio brasileiro, e, é claro, para os motoristas brasileiros”.
França concluiu: “Então é por isso que estamos buscando fornecedores seguros e muito confiáveis de diesel — a Rússia é um deles”.
Ainda assim, não ficou claro como o Brasil comprará o diesel russo sem contrariar as sanções ocidentais contra a Rússia, lideradas pelos EUA e União Europeia.
Sobre o assunto, o chanceler brasileiro na ONU, explicou: “Eu acredito que não. A Rússia é um parceiro estratégico do Brasil. Somos parceiros no Brics”.
Carlos França concluiu: “Dependemos muito das exportações de fertilizantes da Rússia e de Belarus também. E é claro, a Rússia é um grande fornecedor de petróleo e gás. Você pode perguntar isso para a Alemanha. Pode perguntar isso para a Europa. Então o Brasil, nós estamos com pouco estoque disso”.
[Fonte: Infomoney]