Fármaco também pode atuar sobre outras doenças do envelhecimento
Uma nova vacina desenvolvida por cientistas do Japão pode ser a chave para prevenir o mal de Alzheimer ou modificar o curso da doença, segundo um estudo apresentado neste domingo (30) no congresso científico BCVS Scientific Sessions 2023, em Boston, nos Estados Unidos.
A pesquisa preliminar apontou que o imunizante, desenvolvido na Universidade de Juntendo, em Tóquio, atinge as células cerebrais inflamadas associadas à doença.
A vacina, que até o momento foi testada apenas em ratos, foi chamada de Sagp, que é o nome do marcador biológico presente nas células senescentes, ou seja, células em deterioração que podem se acumular nos tecidos e causar doenças.
Após a administração, os animais apresentaram menos placas da proteína tóxica beta-amiloide, associada à doença, além de menos inflamações no tecido cerebral.
Outras pesquisas preliminares, também com testes em animais, já haviam mostrado resultados promissores do imunizante sobre outras doenças ligadas à idade, como aterosclerose e diabetes tipo 2.
No caso da pesquisa sobre o Alzheimer, os ratos que receberam a vacina Sagp também passaram a responder melhor ao ambiente, demonstraram maior entendimento sobre o entorno e se comportaram de maneira semelhante aos ratos saudáveis.
“Se a vacina se mostrar eficaz em seres humanos, isso representaria um grande passo para atrasar a progressão da doença ou mesmo para evitar que ela surja”, disseram os autores do estudo.
Da AnsaFlash