Multidão de eleitores comemoram a vitória na Torre Eiffel – Foto: EPA

O presidente da França, Emmanuel Macron, foi reeleito com 58,2 % dos votos, diz projeção divulgada pelo Instituto Ipsos na tarde deste domingo (24). A candidata da extrema direita Marine Le Pen teria conquistado 41,8%.

Após o anúncio, diversos eleitores do centrista, reunidos em frente a Torre Eiffel, já comemoram o novo mandato de cinco anos. Os números são estimativas calculadas a partir dos resultados das seções eleitorais que foram fechadas às 19h (horário local).

O resultado final deve ser divulgado ainda hoje. Cerca de 15 minutos depois da divulgação da projeção, Le Pen admitiu sua derrota durante discurso para apoiadores. “Derrota? Não, é uma forma de esperança. A aspiração de mudança não pode ser ignorada”, disse ela após a votação.

Le Pen enfatizou que o resultado eleitoral ainda é uma “vitória sensacional” para seu partido e garantiu que respeita o veredicto das urnas, mas sua luta na política francesa continuará.

Apesar da segunda derrota na disputa pelo Palácio do Eliseu, Le Pen levou a extrema direita francesa a um patamar nunca tão alto desde o início da Quinta República Francesa em 1958.

A política expressou sua gratidão às pessoas que votaram nela nas províncias, no campo e nos territórios ultramarinos da França. “Esta França também esquecida, nós não a esquecemos”, disse Le Pen, acrescentando que estaria lançando “uma grande batalha pelas eleições legislativas”, que devem ocorrer em junho.

Macron também foi reeleito de acordo com as outras pesquisas de boca de urna, que oscilam até um mínimo de 57,6%. Aos 44 anos, ele é o 9º presidente da Quinta República e o primeiro reeleito depois de Jacques Chirac, que em 2002 derrotou em votação o pai de Marine Le Pen, Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional.

A participação registrada às 17h na votação das eleições presidenciais na França foi de 63,23%, mais de dois pontos a menos do que em 2017, de acordo com o Ministério do Interior francês.

A vitória por uma vantagem menor deve-se também aos diversos protestos sociais que marcaram a primeira metade do mandato de Macron, a pandemia global que confinou milhões de pessoas e a invasão russa da Ucrânia que abalou todo o continente europeu.

Da AnsaFlash